Pouco são os trabalhos do gênero desenvolvidos nas três esferas de poder e o tema é tratado pela grande mídia de forma periférica. No momento, a salvação vem dos poetas populares, que têm dado destaque cada vez maior à questão da coleta seletiva e da reciclagem, fazendo jus à condição de educadores sociais, segundo classificação registrada por Eduardo Viola, no seu livro “O ambientalismo multissetorial no Brasil”.
A literatura de cordel, uma cultura de fortes raízes no Nordeste brasileiro, vem sendo utilizada como ferramenta de difusão de conhecimento e entendimento sobre a temática. Dentre quase cem folhetos que colecionei nos últimos dois anos sobre questões ambientais, cinco retratam exatamente o problema dos resíduos sólidos:
- “A coleta seletiva e a reciclagem de lixo”, de Ismael Gaião da Costa (Condado, PE);
- “O problema do lixo”, de José Acaci (Natal, RN);
- “Lixo. Onde botar?”, de Abdias Campos (Recife, PE);
- “O mundo não é lixeira”, de alunos da Escola Pequeno Príncipe (Campina Grande, PB) e
- “Quem ama não suja”, de Manoel Monteiro (Campina Grande, PB).
Os folhetos passam a mensagem da necessidade de maior empenho da população para melhorar as condições de vida e equilíbrio ecológico. A carga de conhecimento e informações trazidas no seu interior relacionam o problema à forma e às condições de vida do homem na atualidade.
Utilizando uma linguagem simples, clara, direta e objetiva; embasamento conceitual e metodológico, os folhetos têm abrangência e ressonância; são capazes de esclarecer a população e reduzir a grande distância existente entre a ciência e as classes (ditas) excluídas.
- “A coleta seletiva e a reciclagem de lixo”, de Ismael Gaião da Costa (Condado, PE);
- “O problema do lixo”, de José Acaci (Natal, RN);
- “Lixo. Onde botar?”, de Abdias Campos (Recife, PE);
- “O mundo não é lixeira”, de alunos da Escola Pequeno Príncipe (Campina Grande, PB) e
- “Quem ama não suja”, de Manoel Monteiro (Campina Grande, PB).
Os folhetos passam a mensagem da necessidade de maior empenho da população para melhorar as condições de vida e equilíbrio ecológico. A carga de conhecimento e informações trazidas no seu interior relacionam o problema à forma e às condições de vida do homem na atualidade.
Utilizando uma linguagem simples, clara, direta e objetiva; embasamento conceitual e metodológico, os folhetos têm abrangência e ressonância; são capazes de esclarecer a população e reduzir a grande distância existente entre a ciência e as classes (ditas) excluídas.
Na era de comunicação globalizada essa manifestação folkcomunicacional constitui-se num veículo de informação que permite construir e reconstruir discursos de caráter informal voltados à discussão dos variados temas relacionados às transformações sociais e à sustentabilidade.
O cordel é o verdadeiro jornalismo popular, empenhado não apenas na tentativa de tornar comum os diversos temas voltados às questões ecológicas, mas ser a ferramenta de educação ambiental, na medida em que informa, esclarece e orienta as massas.
Não é à toa que o professor e cordelista sergipano José Antônio dos Santos afirma:
“Ao escrever os seus versos
O poeta popular
Se inspira na natureza
Logo começa a rimar
De formiga ao elefante
Ele sabe versejar.
Somente quem tem o dom,
O dom da filosofia; (...)
Sabe escrever poesia.”
E conclui: “O poeta do cordel é repórter popular (...) traduz os fatos como verdadeiros jornalistas”.
“Ao escrever os seus versos
O poeta popular
Se inspira na natureza
Logo começa a rimar
De formiga ao elefante
Ele sabe versejar.
Somente quem tem o dom,
O dom da filosofia; (...)
Sabe escrever poesia.”
E conclui: “O poeta do cordel é repórter popular (...) traduz os fatos como verdadeiros jornalistas”.
Alexandre Acioli
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