sábado, 13 de outubro de 2012

JOAQUIM BARBOSA, O HERÓI QUE O BRASIL NECESSITA!



Cordel do amigo "Jotacê Freitas" (Salvador – BA)  10/10/2012

Nascido em Paracatu
No Noroeste de Minas
Em uma família humilde
Joaquim Barbosa fascina
Pela coragem e ousadia
Inteligência sadia
Que ao povo anima.

O pai de Joaquim deixou
Sua mãe com oito filhos
Dona de casa bem simples
Que não usava espartilho
E educou todos eles
Não teve um nem aquele
Que saísse do seu trilho.

Aos dezesseis Joaquim
Começou a trabalhar
Faxinando um Tribunal
E não parou de estudar
Sempre em escola pública
Com sabedoria única
Batalhou pra se formar.

Durante esse período
Ajudava a família
Ao sair da faculdade
Resolveu seguir a trilha
Pós graduou-se  em Mestrado
Sobre Direito do Estado
Que nem a todos humilha.

Conheceu ele então
A importância social
De desvendar a Justiça
Pra que o povo em geral
Pudesse enfim saber
Que a lei é pra proteger
Todos do abuso do mau.

Empresários e políticos
Abençoados com a sorte
Acostumados com a lei
Só protegendo os fortes
Da cegueira da Justiça
Que pro rico dá cobiça
E ao pobre pena-de-morte.

Não aceitou preconceito
Nem a discriminação
Por conta da circunstância
Da sua situação
Jovem negro e também pobre
Mas nem um pouco esnobe
Em busca da ascensão.

Pra ter reconhecimento
Pra concurso estudou
E foi logo aprovado
Como um Procurador
Da República brasileira
E não comeu pelas beiras
Nem homem vil se tornou.

Sua mãe lhe ensinou
O quanto a honra custa
E a importância da ética
Que muito homem embusta
Quando chegasse ao poder
Iria estabelecer
Uma tese bem mais justa.

Fez Doutorado também
Virou Doutor de verdade
Diferentes dos que aí
Expõem só vaidade
Fala mais quatro idiomas
E a ninguém ele embroma
Nem usa de falsidade.

Defende o aborto sim
E outras questões polêmicas
Não quer que a corrupção
Seja doença epidêmica
Nunca fará vista grossa
Não há quem com ele possa
Na esfera acadêmica.

A Ação Afirmativa
Defende com veemência
O Princípio da Igualdade
Pra ele é a grande decência
Fura-fila ele detona
Enfrenta cara turrona
Sem medo ou subserviência.

Um dia a Pátria mãe
Mais uma vez distraída
Acreditou nas estrelas
Em bondosas travestidas
E o povo mais uma vez
Da mentira foi freguês
E a Nação foi traída.

Criaram a Bolsa Família
No rastro da Bolsa Escola
Um tipo de cala-boca
Uma ajuda uma esmola
Esqueceram a igualdade
Com transparência e verdade
Formaram uma curriola.

Pra se manter no poder
Compraram parlamentares
Desviando do erário
Pra bancos particulares
Foi dinheiro na cueca
Pra cabeludo e careca
Distribuíram milhares.

Tem Juiz lewando whisky
Do antigo Presidente
Que criou o Mensalão
Mas que está bem ausente
Dos autos no Tribunal
E não irá passar mal
Sem atitude da gente.

Não teve barba ou charuto
Que pudesse desmentir
Todas estas falcatruas
Mas tentaram impedir
Um julgamento supremo
Pra não mostrar o veneno
Dos que querem se eximir.

Um já pediu demissão
Do seu cargo na Defesa
Outro insiste em apelar
Pra tribunais sem destreza
Tem quem não tá nem aí
E nem vai sair daqui
Por que não crê em surpresa.

Agora ficam dizendo
Que são todos inocentes
Foi só a arraia miúda
Que enganou nossa gente
Os mangangões do poder
Dizem de nada saber
E agem indiferentes.

Até choro com suplício
Ocorreu lá no Congresso
Carta aberta ao povo
Com desculpas em excesso
Mas pela primeira vez
Político vai pro xadrez
O Supremo faz sucesso.

Pois se eles são inocentes
Este Tribunal é louco
Mesmo sem provas nos autos
Do nosso povo faz pouco?
Não venham com essa conversa
A velha lógica perversa
De que ‘tavam dando o troco.

Mesmo assim Joaquim Barbosa
Não aceita a louvação
Atribui ao Tribunal
O mérito da condenação
Ele apenas relatou
Com as provas que encontrou
Nos autos desta Ação.

Que bom que todo o processo
Passou na televisão
Mostrando o destemor
Dos juízes de plantão
Mas nem a dor na coluna
Vai tirá-lo da tribuna
Em defesa da Nação.

Agora que é Presidente
Do Supremo Tribunal
Torço pra que outros juízes
Sigam o exemplo legal
Que a Justiça não seja rara
Mas um instrumento para
Transformação social.

terça-feira, 15 de maio de 2012

FOI APENAS BOATO. O GABO ESTÁ VIVO!


Tudo não passou de boato. O escritor colombiano e Prêmio Nobel de Literatura de 1982, Gabriel García Márquez,  não morreu, conforme havia sido anunciado ontem em uma conta no Twitter atribuída ao escritor italiano Umberto Eco. A notícia foi desmentida, também via Twitter, pelo próprio  García Márquez, que está com 85 anos. 

A conta atribuída a Umberto Eco no Twitter era falsa e a agitação pelo boato da morte de Garcia Márquez começou por volta das 10h  (horário de Brasília), quando foi escrito no microblog, em letras garrafais (Primeiro em italiano e depois em inglês): “MORRE GABRIEL GARCIA MÁRQUEZ (sic). RECEBI A NOTÍCIA AGORA DE NOVA YORK”. Ao longo do dia, alternando mensagens em inglês e em espanhol, o falso Umberto Eco continuou: “(...) A família e Mario Vargas Llosa me confirmaram a notícia”.

Mais tarde, o falso Umberto Eco foi além e escreveu que, “segundo a vontade do escritor, a notícia da morte de Garcia Màrquez (sic) será anunciada oficialmente por sua irmã, Aida”. Os desmentidos começaram a repercutir apenas por volta das 17h30 (de Brasília). “E se dissermos que morreu @UmbertoEcoOffic? Uma conta falsa”, dizia uma mensagem na conta assinada por García Márquez. No Twitter oficial de Umberto Eco não havia nenhuma mensagem ontem.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

LIVROS COM TEMAS POLÍTICOS CONTINUAM EM ALTA


Anualmente, dezenas de livros com temáticas voltadas para o marketing eleitoral e assuntos políticos são lançados. Muitos despertam o imediato interesse e geram comentários. Mas, depois do frisson inicial, caem no esquecimento. 

Mas com "O Príncipe", escrito por Nicolau Maquiavel, no longínquo 1513, a situação é diferente. O livro continua bastante procurado, adquirido, consultado, comentado. É um trabalho antigo, porém atual. É um verdadeiro tratado político; leitura obrigatória para quem atua na área ou quer iniciar o percurso pelos caminhos da política.

Ainda mais antigo e não menos importante é "A Arte da Guerra". Escrito pelo filósofo chinês Sun Tsu, exatamente há 500 anos antes de Cristo, o livro do ‘general’ traz orientações e táticas para serem aplicados nas trincheiras dos negócios e no dia a dia das pessoas. Também enumera os pontos fracos e fortes “dos exércitos” e diz como manobrá-los. 

Pode-se dizer que A Arte da Guerra é um trabalho odiado pela Direita (principalmente os militares mais antigos, linha dura, conservadores, pouco esclarecidos e pobres de erudição), que o define como o "livrinho dos comunas".

Montesquieu não fica de fora nessa época de efervescência política. O seu livro "Espírito das Leis", escrito em 1748, também é uma referência para a pesquisa e até para as leituras menos engajadas e comprometidas.

Mais recente é "A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luiz XIV", de Peter Burke. O livro foi publicado em 1994 pela Jorge Zahar. Mostra aos menos avisados que os ex-presidentes Fernando Collor e Lula da Silva não foram inventores do marketing político. Burke procura mostrar que os reis já dominavam o marketing político e utilizavam a propaganda para assegurar o poder. Que o diga Luiz XIV, que reinou mais de 70 anos sob um forte esquema de propaganda e manipulação da mídia da época.

OUTROS LIVROS

Mas se você procura bons livros nessa área (Política) poderá ler outros trabalhos, como o "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano", dos cucarachas Vargas Llosa (peruano), Carlos Alberto Montaner (cubano) e Plinio Apuleyo Mendonza (colombiano); "A Desobediência Civil" (Henry David Thoreau), "A República Inacabada" (Raymundo Faoro), "Coronelismo, Enxada e Voto" (Victor Nenes Leal), "Dois Tratados sobre o Governo" (John Locke), "Leviatã" (Thomas Hobbes), "Maquiavel, o Poder: História e Marketing" (José Nivaldo Júnior), "Crise do Socialismo e Ofensiva Neoliberal" (Jose Paulo Netto) e o engraçadíssimo "Nunca antes na História deste País", de Marcelo Tas, comentando as mais famosas frases creditadas ao ex-presidente Lula da Silva.

Boa leitura!


Anualmente, dezenas de livros com temáticas voltadas para o marketing eleitoral e assuntos políticos são lançados. Muitos despertam o imediato interesse e geram comentários. Mas, depois do frisson inicial, caem no esquecimento. 

Mas com "O Príncipe", escrito por Nicolau Maquiavel, no longínquo 1513, a situação é diferente. O livro continua bastante procurado, adquirido, consultado, comentado. É um trabalho antigo, porém atual. É um verdadeiro tratado político; leitura obrigatória para quem atua na área ou quer iniciar o percurso pelos caminhos da política.

Ainda mais antigo e não menos importante é "A Arte da Guerra". Escrito pelo filósofo chinês Sun Tsu, exatamente há 500 anos antes de Cristo, o livro do ‘general’ traz orientações e táticas para serem aplicados nas trincheiras dos negócios e no dia a dia das pessoas. Também enumera os pontos fracos e fortes “dos exércitos” e diz como manobrá-los. 

Pode-se dizer que A Arte da Guerra é um trabalho odiado pela Direita (principalmente os militares mais antigos, linha dura, conservadores, pouco esclarecidos e pobres de erudição), que o define como o "livrinho dos comunas".

Montesquieu não fica de fora nessa época de efervescência política. O seu livro "Espírito das Leis", escrito em 1748, também é uma referência para a pesquisa e até para as leituras menos engajadas e comprometidas.

Mais recente é "A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luiz XIV", de Peter Burke. O livro foi publicado em 1994 pela Jorge Zahar. Mostra aos menos avisados que os ex-presidentes Fernando Collor e Lula da Silva não foram inventores do marketing político. Burke procura mostrar que os reis já dominavam o marketing político e utilizavam a propaganda para assegurar o poder. Que o diga Luiz XIV, que reinou mais de 70 anos sob um forte esquema de propaganda e manipulação da mídia da época.

OUTROS LIVROS

Mas se você procura bons livros nessa área (Política) poderá ler outros trabalhos, como o "Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano", dos cucarachas Vargas Llosa (peruano), Carlos Alberto Montaner (cubano) e Plinio Apuleyo Mendonza (colombiano); "A Desobediência Civil" (Henry David Thoreau), "A República Inacabada" (Raymundo Faoro), "Coronelismo, Enxada e Voto" (Victor Nenes Leal), "Dois Tratados sobre o Governo" (John Locke), "Leviatã" (Thomas Hobbes), "Maquiavel, o Poder: História e Marketing" (José Nivaldo Júnior), "Crise do Socialismo e Ofensiva Neoliberal" (Jose Paulo Netto) e o engraçadíssimo "Nunca antes na História deste País", de Marcelo Tas, comentando as mais famosas frases creditadas ao ex-presidente Lula da Silva.

Boa leitura!

sábado, 28 de abril de 2012

REIS FORAM OS VERDADEIROS INVENTORES DO MARKETING POLÍTICO



Em ano eleitoral, a melhor sugestão é a leitura de alguma obra sobre marketing político. As opções são muitas, mas a indicação para este final de semana prolongado é “A fabricação do rei. A construção da imagem pública de Luiz XIV", de Peter Burke.

Publicado em 1994 pela Jorge Zahar Editor, o livro ensina (nos dias atuais) aos menos avisados que os ex-presidentes Fernando Collor e Lula da Silva não foram os inventores do marketing político.

No livro, com 254 páginas, Burke mostra que os reis foram os verdadeiros inventores do marketing político e que utilizavam a propaganda para assegurar o poder. E o faziam de muitas formas, através da representação pública, da compra e exposição dos objetos, ostentação e rituais os mais diversos.

Dessa forma, era possível manter o regime e garantir a sua eficácia. Que o diga Luiz XIV (1643 - França), o "Rei-Sol", que reinou mais de 70 anos sob um forte esquema de propaganda e manipulação da mídia da época. Afinal, como diz um antigo dito popular, “rei que é rei não perde a realeza”.

Alexandre Acioli - aciolijornalista@gmail.com

UMA ANÁLISE DE ELEIÇÕES DE 1985 A 1996

Eleição sempre merece atenção especial de sociólogos, cientistas políticos e sociais. Mas o tema também interessa aos não acadêmicos, aqueles que gostam de política na sua essência sociológica.

A dica é a leitura é o livro "Chuva de papéis. Ritos e símbolos de campanhas eleitorais no Brasil", de Irlys Barreira (Ed. Relume Dumará). Em dez capítulos, a obra acompanha de perto o desenrolar de 11 anos das campanhas eleitorais no Brasil (1985 a 1996).

No estudo, Irlys faz relatos da campanha de Maria Luiza Fontenelle para a Prefeitura de Fortaleza (CE), em 1985; a "Caravana da Cidadania", comandada pelo ex-presidente Lula da Silva, em 1994; e o registro de campanhas das candidatas às prefeituras de Natal e Fortaleza em 1996.

Um bom trabalho para quem quer compreender o rito da representação política, as alegorias, encenações e a dinâmica das estratégias utilizadas.


Alexandre Acioli - aciolijornalista@gmail.com

sexta-feira, 27 de abril de 2012

HOJE TEM SHOW DO SOMBATUKI, NA LIVRARIA CULTURA


Na tarde deste sábado, na Livraria Cultura, tem apresentação do forrozeiro Jorge Neto e o grupo Sombatuki. Na verdade, Jorge Neto e "o grupo" formam um trio. Mas um terno que consegue atrair, empolgar e arrancar muitos e demorados aplausos das plateias. 

A parceria surgiu de forma espontânea, pois os três fazem parte dos grupos musicais da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap) e, sempre que eram convidados para apresentações em eventos da universidade, lá estavam os instrumentistas: Percy Marques, Tiago Lasserre e Jorge Neto fazendo o que chamavam de “nosso som”.

A virtuose dos musicistas, bem como a diversidade do repertório, repleto de clássicos da MPB, do chorinho e do forró são suficiente para tonar o projeto “Sombatuki” uma realidade no cenário da música instrumental pernambucana.

Com a formação em 2008, o  Sombatuki se apresentou no plenário da Assembleia Legislativa de Pernambuco, dentro do projeto Segunda Cultural, que acontece sempre na primeira segunda-feira de cada mês.  O sucesso da apresentação rendeu outro convite, desta feita para uma nova apresentação no Teatro do Parque, pelo mesmo projeto. Daí em diante o grupo não parou mais e recentemente lançou o CD “Amadeirado”, nas comemorações dos 80 anos da Associação da Imprensa de Pernambuco (AIP).

Mas vamos apresentar os meninos:

Percy Marques é paraibano de Patos, advogado e músico violinista, baixista e arranjador. Começou os estudos de violão aos 12 anos e fez a sua primeira gravação em 1998, como contrabaixista, no CD Personagem do MPB Unicap. Participou ainda das gravações do CD Estrelas a Luzir (contrabaixo), Marca Maior (violão), Lero-lero (assistência de direção e violão), Pérolas da MPB I, II e III (arranjos e violão) e Todo Sentimento, do cantor Diego Cabral.

Tiago Lasserre e atua há mais de 10 anos na área música, tendo vivenciado diversas produções culturais. Despertou o gosto pela música a partir da capoeira, que pratica desde 1998. Sua musicalidade consiste num trabalho de pesquisa de diversos ritmos existentes e a sua concepção quanto aos instrumentos a serem utilizados não se limita ao convencional: expande seu acervo ao inusitado, como panelas, chapas de ferro, cano PVC, entre outros, prevalecendo o conceito e o resultado, no caso o som e sua intenção. Já tocou com nomes da MPB nacional, dentre eles Gerlane Lopes e Isabela Moraes.

Jorge Neto é advogado, nascido no Recife.Começou muito cedo (quando ganhou um teclado) e aos nove anos se apresentou no Teatro Guararapes. Sua discografia é composta de dois CDs: o primeiro é “Homenagem a Accioly Neto e Xico Bizerra” (2005), que teve participações especiais de Santanna, Cristina Amaral, Nádia Maia, Genaro e Walkiria e Talitha Accioly (filha de Accioly Neto). O segundo é uma reprodução em áudio de um show realizado no Espaço Cultural Mercadão, na cidade do Cabo de Santo Agostinho (PE). Atualmente encontra-se em estúdio gravando o seu terceiro (“De Geração pra Geração”), com a participação de artistas que influenciaram a sua formação musical, como Alcymar  Monteiro, Jorge de Altinho, Nando Cordel e o Maestro Spok, dentre outros.